segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Eu me rendo, Jason Derulo!!!

Jason Derulo. Foto cedida por Direct Lyrics.


E aí, galerinha??? Tudo belezinha com todo mundo??? Entraram bem 2016? Espero que sim... Bora batalhar muito, trabalhar, buscar realizar sonhos, e não esperar que os outros façam por nós, né? Tô cheia de assuntos aqui pro Tapestry. O que tem me faltado é tempo de qualidade para escrever. Ainda tenho que cumprir algumas promessas que fiz em 2015, mas começo o ano com coisas que têm me inspirado. Assim os textos ficam mais legais, já que estou mais animada para escrever sobre esses assuntos...


Chegou o momento que eu estava tentando evitar... Falemos, então, de Jason Derulo. Quem me acompanha sabe da minha brochada com a black music com a entrada do novo século. Os ritmos foram se misturando, e o R&B, principalmente, foi ficando cada vez mais popeado, com muita influência eletrônica, e se esquecendo demais de suas raízes... Com isso, principalmente pertinente a novos artistas, eu estava menos empolgada. Com algumas exceções como Alicia Keys, John Legend, e mais pro hip hop, Eminen e Kanye West. Enquanto eu me rendia até mesmo ao country, um novo carinha surgia. Começou compondo para artistas já consagrados, como o próprio Diddy - Puffy Daddy, P. Diddy, ou seja lá por qual nome você o conheça -, entre outros... Ou seja, se enfiou no universo da 'urban music' - pacotinho que engloba hip hop, rap, r&b e soul. 

Lá nos Estados Unidos é comum artistas com pretensões de se lançar no mercado, quando negros, se apresentarem numa casa de shows chamada Apollo, em competições ou mesmo programas gravados para a tv. O que tem nessa casa de shows??? Então, não é o que tem, mas o que representa para o público afro americano. Os artistas que lá se apresentam, fazem seus números ao vivo, diante de uma platéia bastante exigente, e que não vai aplaudir qualquer coisa. Ser aplaudido lá é o começo de algo bom. E foi numa dessas apresentações lá, para um programa de tv, que Jason chamou a atenção de um produtor judeu... É... Enfim... O que esse cara fazia lá, eu não sei... Caçando talentos para produzir e enriquecer, bem provável. O caso é que J.R. Rotem gostou de Jason e o contratou para a gravadora Warner...

Foram 3 anos trabalhando em estúdio, compondo e lapidando a imagem, para que finalmente, em 2009, um single fosse lançado... Sucesso moderado, o suficiente para garantir o lançamento de um segundo single e o álbum, em meados de 2010. O burburinho foi suficiente para fazer o produtor querer gastar um pouquinho com a divulgação do rapaz, e ele acabou abrindo os shows de Lady Gaga na Europa, naquele ano. A turnê pela Europa o tornou mais conhecido lá do que nos Estados Unidos... 

Em 2011 ele voltou a aparecer num dueto com a cantora Demi Lovato. Mais uma jogada de marketing. Desta forma ele se tornou conhecido para as menininhas que são, em sua maioria, o público da cantora. O que me parece, então, que o time de marqueteiros dele não estava interessado em mirar especificamente no público de urban, e sim, no público de pop. E, no mesmo ano, em outra cartada de propaganda, ele se uniu ao American Idol, dando, através do programa, a chance dos fãs ajudarem ele a compôr uma música. E ele a interpretaria no final daquela temporada, ao vivo. Mais uma vez mirando no público pop adolescente. Junto a tudo isso, veio o lançamento do segundo disco, o sucesso na Europa, o começo da notoriedade nos Estados Unidos. Foi nessa época que eu tomei conhecimento da existência dele. 

E não desgostei... Até o achei legal, achei que era um bom cantor... Mas ele meio que fazia um pouco aquela coisa irritante de misturar demais o R&B com batidas eletrônicas e pop, e isso me incomodava. Então, descartei a possibilidade de acompanhar a carreira dele. 

Álbum Tattos. Foto cortesia de Amazon.
Em 2013, continuando nessa toada, ele lançou o single 'The Other Sisde'... Mais do mesmo, na minha opinião. Nada que Black Eyed Peas e uma porrada de outros artistas pouco inventivos já não estivessem fazendo... Continuei ignorando o rapaz. Em seguida ele lançou o álbum 'Tattoos'... E uma música que foi lançada como bônus em alguns países explodiu... 'Wiggle', que contava com a participação de Snoop Dogg... E aí começou a ficar difícil ignorá-lo. Acho que a mão de Snoop colocou a música numa estrada de volta ao hip hop, com mais linha de base, uma pegada mais grave... Letra suja e tals, como todo hip hop que faz sucesso... Mas uma delícia de dançar. Comecei a me irritar com o fato dele ter feito algo razoável quando, naquele ano, em toda balada no extremo da zona sul de Sampa que eu ia, tocava 'Wiggle', e eu curtia dançá-la... Não, não, não... Era um lugar confortável não gostar dele. 

Oficialmente o segundo single do disco lançado foi 'Talk Dirty'. Aí não deu mais para ignorar mesmo. Jason lembrava demais o pessoal da urban music dos anos 90, finalmente. Música feita pra dançar, com letra safadinha, mas uma historinha bem linear sendo contada. Pra dançar pra mim não é poperô, é hip hop, galera... Vamos esclarecer isso... E virou uma explosão. Vídeos por toda a internet de gente dançando a música, cantando a música, a música em todo lugar... 2014 foi o ano que fiz muita força para ignorar este rapaz. Toda festa, balada, ou reunião do pessoal da urban que eu ia era isso... 

Mas 'Talk Dirty' teve vida longuíssima aqui no Brasil. Rasgou 2015 nas baladas do gênero, e eu desisti de ignorar. Com um ano de atraso, comprei o cd 'Talk Dirty' - relançamento de Tattoos, com as músicas rearranjadas para privilegiar o hip hop em detrimento da música eletrônica - E passei o ano ouvindo... 'Talk Dirty'. E só... Por que a música gruda no cérebro da gente. 

Enquanto eu não conseguia parar com a mania, Jason lançou seu novo cd 'Everything is 4', que graças à lavagem cerebral daquela música chiclete, eu não conseguia ouvir... Por que, falar em Jason Derulo era falar em 'Talk Dirty'. Ouvi uma coisa aqui ou ali, na mídia... Ele gravou música com Stevie Wonder e Keith Urban, e Keith era jurado do American Idol, então, claro, isso foi azeitado pelo programa... Mas eu não estava dando a mínima... 

Everything is 4. Foto cedida por Pop Break.
2016 entrou, e finalmente resolvi que era hora de dar essa atenção ao disco 'Everything is 4'. E fico agradecida que fiz isso, mesmo com quase um ano de atraso. Este álbum rapidamente se tornou um dos melhores que ouvi no novo século até agora... Claro, tem muita música dançante e cheia de energia pra balada. Mas os sons estão mais diversos do que os dos álbuns anteriores, as letras mais trabalhadas, e este sim, consigo classificar como um álbum de 'urban music'. O primeiro single, 'Want to Want Me', é muito bom. Batida da soul misturado ao pop de hoje em dia, com vocais dignos do R&B. Muito boa mesmo. Uma letra simples, linear, com mensagem clara. Lindinha demais. E não fui só eu que aprovei. Ela foi eleita pelos críticos uma das melhores músicas da década. E a globo a botou numa novela! - KKK 

Segundo single foi 'Cheyenne'. Que é outra música que lembra bem o que Usher fazia na virada do século, fazendo a gente dançar com R&B. Minha opinião??? 'Broke', que é a música que que tem participação de Stevie Wonder e Keith Urban, com instrumentação rica, e uma misturinha de Country, R&B, Soul e afins, com uma letra bem legal, e menção carinhosa às músicas de Puffy Daddy dos anos 90, deveria ser o segundo single, e não Cheyenne. Mas, enfim...

O grande barato é que neste disco os vocais estão insanos de tão legais, ele lembra demais o Usher em muita coisa que faz, há três ou quatro duetos no disco, e as músicas passeiam por vários estilos mantendo uma super espinha dorsal no R&B. Ou seja, no geral, este é o melhor disco de Jason, na minha opinião. Talk Dirty tem músicas sensacionais, mas não é o tipo de disco que você coloca no rádio e esquece lá tocando, sem medo de ouvir porcaria... Este é... 

Com isso, tive que ceder, e me render a ele. Então, gente, meu 2016 começa assim, com muito Jason Derulo, e um dos álbuns mais legais dos últimos tempos na minha opinião, 'Everything is 4'. 



JulyN. 

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