quarta-feira, 20 de maio de 2015

Saudade do Westlife...

Nick, Mark, Kian e Shane. Westlife!
Foto cedida por Inspirar Vida.

De tempos em tempos, nós, que amamos música, fazemos de um som, ou uma banda, ou um estilo específico a nossa trilha sonora. E isso é mais do que ouvir e gostar de uma música. È como se personificássemos aquilo que estamos ouvindo, tornássemos a música nossa principal companheira e redentora. Pelo menos é assim que eu sinto...  

Meus dias tem sido bastante cansativos, estressantes e frustrantes nos últimos tempos. Todos nós passamos por isso também. Hoje, num breve momento de descontração, no meio de uma tempestade de coisas indesejáveis que estavam acontecendo, me peguei cantarolando 'World of Our Own', e por um tempo o mundo parecia bacana de novo. Que saudade do Westlife...

Muitos amigos meus sabem que fui uma verdadeira fã desta banda, que chorei o dia todo no dia do último show deles, em 2012, que sei todas as músicas de cor e salteado, ... Acho que ninguém sabe por que o Westlife se tornou tão importante para mim. 

A banda gravou seu primeiro disco em 1998, e eu gostei do quinto single que eles lançaram, 'Fool Again'. Lembro de ter ficado meio bronqueada. Boy Band de novo? Eu já tinha me sacrificado demais pelo New Kids on the Block. Resisti bastante, tentei parecer indiferente às eles. Mas, aos poucos, a importância da banda em minha vida só cresceu. Tudo começou com a música, claro. Letras com as quais eu me identificava, vocais bacanas de Shane Filan e Markus Feehily - ainda estou me acostumando a chamá-lo pelo nome de batismo... E, se a música era boa, por que não ouvir?

A primeira década do século foi bem difícil para mim. Muitas mudanças indesejáveis, muitas perdas... E eu sempre me apeguei com a música para superar os momentos duros. Os anos foram passando , e a banda foi resistindo às crises que são tão comuns nas boy bands. A saída de um integrante, o envelhecimento dos outros, as mudanças artísticas, a mudança mercadológica... Eles foram durando mais do que qualquer outra banda de meninos que eu já tenha gostado. Foram virando banda de homens diante dos olhos dos fãs. E mantendo um certo estilo na escolha de repertório, que hoje sei ter partido em grande parte de Simon Cowell, que era o produtor da banda. Aliás, curiosidade para quem gosta do criador e jurado o X Factor UK e USA: ele não era ninguém antes do Westlife. Fama e fortuna ele ganhou às custas desses meninos... Enfim...

Brian McFadden ainda fazia parte da banda nesta época.
Foto cedida por The Telegraph.
Passei pelos anos árduos de faculdade, sofrendo e não me adaptando, como sempre, mas com os fones de ouvidos me acompanhando, e muito Westlife tocando. A dificuldade de ser recém-formada, morando com minha mãe - por que morei boa parte da minha vida com meu pai -, conflitos intermináveis e a descoberta de um lado perverso meu que eu detestava, mas não conseguia controlar, com Westlife sendo um bálsamo que trazia de volta a alegria de viver. A doença e a morte da minha mãe... Muito Westlife nas madrugadas, enquanto vigiava o sono dela. O meu lado mais perverso se manifestando de forma monstruosa, uma catástrofe em minha vida... E eles lá, me aterrando ao que ainda tinha de bom na minha existência. Crescer não foi fácil, e eu cresci entre trancos e barrancos, aprendi duras lições, endureci em algumas coisas, me corrigi em muitas outras... E eles foram, durante 14 anos, a minha trilha sonora. 

Não gosto de errar. Não gosto de perder. Acho que ninguém gosta, né? Mas hoje sou uma pessoa mais consciente, que tenta muito acertar. E perder quando se está realmente tentando ganhar é mais doloroso... Quando a gente não está plantando boas sementes, no fundo a gente sabe aonde tudo vai acabar. E aí, nos chateamos, e tals, mas não é algo que nos mortifica, que nos estressa e nos humilha. Quando estamos tentando fazer tudo direito, e as coisas dão errado, aí nos sentimos muito derrotados... Foi o sentimento, hoje... E, em cantarolando uma de minhas músicas favoritas, me lembrei que já derrotei monstros bem maiores, que já passei por muita coisa, e que sobrevivi. e estou aqui, longe de onde eu gostaria estar na vida, mas firme, forte e caminhando... É isso que essa trilha sonora representa pra mim... De vez em quando é bom voltar para os braços de quem sempre segurou sua onda... 

Prepare-se, mundo, por que amanhã eu vou acordar renovada, e muita coisa vai ter que mudar para que eu chegue aonde quero!!! Hoje estou com Westlife, então tudo vai ficar melhor...






JulyN.

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